quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Olhos de diamante


Seus cabelos esvoaçavam junto com seu cachecol azul marinho. Ventava, e ela andava com os braços cruzados por causa do frio que sempre deixava suas bochechas e ponta do nariz vermelhos.
Caminhava, estranho, meio dura, o frio congelava suas pernas.
Ele a via por ali, na mesma hora, todos os dias. E cada vez decorava cada detalhe com mais precisão.
Moça elegante, delicada e ao mesmo tempo decidida. Cabelo cor de mel que ia até um pouco abaixo dos ombros. E os olhos? Ah, os olhos, que ele já se imaginou fazendo promessas. Eram claros, azulados, transparentes. Ora parecia uma criança, na maneira de olhar e sorrir, ora parecia de frieza inigualável.
Mas ele gostava. Sim, amava essa dualidade aparente. E se achava sorrindo para o nada, na forma como aquela desconhecida o fazia adorar aquela velha praça.
Era fim de tarde, sempre passava por lá depois do trabalho, um sol enfraquecido na linha do horizonte. Ela passava observando as árvores e pássaros com a boca meio entreaberta e a repiração esfumaceando no ar gelado. Talvez fosse a última vez que passaria por ali. Ela trazia sua bolsa embaixo de um braço, e enfindas sacolas com pertences seus nas pontas dos dedos, meio atrapalhada, pois estava frio e seus braços estavam cruzados tentando aquecê-la. Fora demitida.
Tentava deixar a preocupação de lado, esquecer os problemas e perguntas na cabeça, só sorria e caminhava cada vez mais depressa. Porém, esses pensamentos perdidos e indomáveis roubaram sua atenção por um momento, aquele em que ela não viu uma pedra, tropeçou, caiu.
O rapaz do cabelo preto bagunçado se perdia na sua imaginação, quando viu a personagem principal delas ajoelhada tentando apanhar seus pertences.
Hey, amigo, a vida te dá as oportunidades, quem as cumpre é você.
Enquanto estava atrapalhada e desesperada tentando primeiramente organizar seus pensamentos, ergueu seus olhos e viu suas coisas junto à um rapaz que ela via todos os dias.
"Me permite?" - ele sorriu timidamente, olhando naqueles olhos brilhantes, mas também frios, lindos e sólidos, olhos de diamante.
"Se não for encomodo, rs. Por aqui..."
E ela permitiu. Que ele entrasse na sua vida, mente e coração.

O que te mantém vivo?


Eu tenho uma pergunta, não é confusa, mas talvez não seja tão fácil de responder.
O que te mantém vivo?
Digo além da pele, carne e ossos. Pergunto sobre o que te trás o calor nas bochechas e brilho por trás dos olhos.
Talvez olhos nos olhos, um sorriso torto ou se sentir confiante.
Família, amigos, andantes, perdidos e desconhecidos. Olhares cruzados e cumprimentos de bom dia. Apertos de mão, promessas, abraços no frio. Palavras de alegria, dinheiro, trabalho. Diversão, perfumes, consumismo. Drinks, carros e piadas velhas.
Reuniões com familiares e churrasco em um clube com piscina.
Qual dessas coisas te faz sentir vivo? Quem sabe o momento em que as inclui, as memórias. Poderíamos nos sentir vivos sem lembrar do que somos?
O que te faz vivo as vezes é a mesma coisa que te faz sentir morto.
E, outra questão: Pelo o que você vive?
Alguns vivem para a música, outros para Deus. Alguns dizem que vivem para eles mesmos, você sabe, sem se importarem com ninguém. Há quem viva para o trabalho, outros para a torcida organizada do seu time de futebol outros para as drogas... Ou para a alegria de alguém, para ser como um diário, para ser um porto seguro, palavras, sucesso, solidão.
Então, o que te mantém vivo? Pelo o que você vive?

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Preconceito

Preconceito, assunto clichê, eu sei. Mas mesmo sendo clichê é uma vergonha, pois, vivemos em pleno século 21 e ainda existe esse tipo de julgamento superficial.
Uma pessoa jamais deve ser julgada por ser o que é, por parecer daquele jeito, por resolver ser o que ela é.
Ser que se chama racional, e despreza seus semelhantes pela cor de sua pele, classe social, orientação sexual, peso, altura ou nacionalidade.
Amigo, desde quando o caráter vem rotulado e preso à essas coisas insignificantes? Desde quando se pode saber toda a história de uma pessoa em um só olhar?
Para começo de conversa, as pessoas não deveriam ser julgadas ou rebaixadas, no fim, todo mundo vira pó.
Já parou para pensar que todo mundo tem sentimentos? Sim, todos temos, colega. Ninguém merece ser tratado com insignificancia. Ou ainda pior, ser zombado se parecer ou agir de um jeito diferente, o que chamamos de bullying.
Nesse nosso mundo imprevisível, o jogo vira muitas vezes, ao seu favor ou não. Então, fica esperto, não faça aos outros o que você não quer sofrer também.
Você pode estar acabando com o futuro de alguém fazendo isso. Talvez até mesmo com o seu. Poderia ser então aquele o descobridor da cura do câncer?
Por isso, se coloque em seu devido lugar. Ninguém deve ser julgado por ser o que é. Aparências não geram sabedoria.

E aí vai um vídeo bacana sobre tudo isso:


domingo, 14 de agosto de 2011




Hey amigo, não desista de mim pelo meu erro - meus erros, talvez no plural, não foram poucas as vezes que errei sem ver - porque como você, eu caio de vez em quando nas vontades dos meus desejos, fico um pouco fora de si.
Mas que não use isso como motivo da sua desistência, te preciso, te necessito… Por isso estou tentando renunciar de tudo o que tenho para te ver ao meu lado.
Estou abrindo mão desse meu egoísmo que serviu de motivação em quase todos os meus erros, abro mão também desse meu orgulho que tenta sempre impedir de voltar atrás e declarar minha tolice.
Eu não sou o que chamamos de… sábia, sabe? Ainda sou uma criança que da vida não viu quase nada.
Ainda não sei me sustentar em minhas próprias pernas e correr sem que eu tropece em lugar nenhum e caia de cara. Sempre tropeço em um “nada”, as vezes pensamentos, memórias, falas ou gestos, falhas e enganos. Sou ainda errante e dependente, é uma vergonha, eu sei…
Por isso preciso de pessoas que não desistam de mim na minha primeira queda, mas que estejam lá me apoiando nas próximas quatro ou cinco que vierem sem perderem a fé em mim e sem duvidar da gratificação que tenho só pelo fato de estarem lá.

sábado, 13 de agosto de 2011

Música ♥

AMIGA ,

compreender a vida
como compreendo a tua
não existe outra
viver com a tua amizade
ja é mais que amiga é força de irmã

Pode passar o mundo inteiro
em um filme sobre você
que eu vou sempre lembrar de você
em um ponto nítido
onde eu vejo e admiro com muita pouca sabedoria
a tua beleza interior , a tua beleza de amor . como amiga como irmã

Não te faço amiga de lindas palavras
mais te admiro de pequenos gestos
onde você me deixa claro quem é você
durante os escuros da vida
onde ficamos cegos muitas vezes por tanta ingratidão deste mundo
A dor constrói o amor . muitas vezes diante emoções que só existe em vários corações




        nanarwg     diz:
*   BÊATRIZ FUKUNARI       !
 - sabe em muitos momentos da minha vida .. eu pude conhecer varias pessoas diferente .. varias maneiras de compreender e entender alguem .. pude conhecer cada um .. as vezes com uma conversa nao agradavel .. as vezes por conselho .. e muiitas muiitas das vezes foi por preucupaçao comigo .. eu sei que nao sou digna de palavras de apoio pra ninguem .. mais eu tenho 14 anos e entendo ja coisas qe me derrubaram fatalmente .. e só a cada novas conversas minha e tua .. eu fui crescendo .. eu fui leventando deste abismo .. com cada apoio teu .. como cada eu te amo teu .. ja enfrei pessoas por voce .. e sei que voce faria o mesmo por mim . ja chorei por voce . e ja ri muiito com voce .. entao essa musica que eu fiz para voce é em nome a TUDO o que voce ja fez por miim um dia .. minhas palvras some neste momento entre lagrimas mais oq vem de mais profundo dentro de mim é um    TE AMO       .. s2 

terça-feira, 2 de agosto de 2011



"Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão. E que só sabe escrever. Não sei mais falar, abraçar, dar beijos, dizer coisas aparentemente simples como “eu gosto de você”. Gosto de mim. Acho que é o destino dos escritores. E tenho pensado que, mais do que qualquer outra coisa, sou um escritor. Uma pessoa que escreve sobre a vida – como quem olha de uma janela – mas não consegue vivê-la."

Caio Fernando Abreu